2/19/09

DIVAS I: Mari Boine








Mari Boine (nascida em 1956) representa um povo. Uma minoria, é certo, mas nem por isso falta de identidade. A sua carreira musica é o resultado da busca de identidade como sami.

O concerto aque assisti na passada sexta-feira tinha um aspecto especial, nomeadamente o facto de ela partilhar o palco com uma académica, estudiosa de religião. Esta senhora contava trechos de estórias do encontro entre a cultura sami e o ocidente, ou seja, o homem branco, vindo sobretudo do reino da dinamarca, com uma missão sólida: evangelizar e salvar os primitivos que se vestiam de peles, e que eram tão castigados pelo diabo que viviam mudando de acampamento (É que os sami eram/são nómadas)!


Mari Boine intercalava cada canção com uma estória deste encontro, e acabou levando-nos a todos a sua zona de origem, as suas crenças, as crenças do seu povo.


Para mim (provavelmente a única africana no espectáculo), foi uma esperiencia tanto mágica como irônica, a de descubrir que pese o facto de os sami serem, para mim, brancos, sofreram os mesmos preconceitos e violencia que "nosotros" em Africa.




Por causa desta madurez, desta bagagem de conhecimento, reseultante da busca de identidade, de ela ser a face de uma nação, e ter orgulho a representar; Mas também por causa da sua musica sofrida e divina, e ter uma voz tão poderosa, por todas estas razões, Mari Boine é, para mim, uma DIVA.


Claro que para terminar este post, coloco aqui um cheirinho desta mãe de mão cheia.









1. Joik- tipo de canto típico sami. Veja mais aqui.

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